Quando se fala em idade média, logo vem a mente perseguição
religiosa,pessoas torturadas, cavaleiros, reis poderosos e a igreja no
controle da vida das pessoas.
Mas além de coisas desagradáveis, houve outros fatos que
foram de importância para a história e que ocorreram na idade média.
Por exemplo: o avanço do cristianismo como força unificadora da Europa;
o desenvolvimento das línguas e literatura européia; a criação de
universidades, igrejas, arte góticqa e entre muiots outros.
Durante o reinado dos merovíngios, não havia tantos locais
para instrução escolar, a não ser as escolas episcopais, mantidas
pelos bispos com o objetivo de garantir a continuação de novos
clérigos,e os mosteiros , locais onde os monges se dedicavam , entre
outras coisas , a copiar manuscritos antigos. Com isso a igreja
conseguiu deter boa parte do conhecimento durante a idade média. Porqeu
o clero era a elite intelectual e suas escolas eram fontes exclusivas
do saber na Europa Ocidental.
A grande influência da igreja sobre a cultura e o pensamento das
pessoas teve bases sólidas e materiais; ao longo dos séculos, a igreja
se organizou politicamente e territorialmente, pois tinha muitos
feudos, além de ter prestígio com a classe dominante,( reis e nobres).
Logo a cultura medieval passsou a se espelhar o pesamento da igreja,
isso passou a ser conhecido como teocentrismo cultural, ou seja, o mundo era subordinado as leis de Deus.
A igreja ainda passou , por meio de suas ordens a direcionar a
produção cultural, mas as cidades começaram a se desenvolver e
tornaram-se centros de novos valores culturais e assim foi saindo aos
pouco dos dogmas da igreja.
EDUCAÇÃO
Como já foi citado quem controlava a educação era o clero
católico. No século IX, fudaram-se escolas junto as catedrais. Logo em
seguida, vieram as universidades. Sendo que algumas delas são conhecidas
até hoje, com exemplo: Oxford e Cambrigde. Mas em todas as faculdades
da época , a influência da igreja era forte. As aulas eram ministradas
em latim, e algumas das matérias de estudo eram: teologia ( filosofia),ciências, letras, direito e medicina.
O curso era composto pelo triarium, nesta se ensinava gramática, retórica e lógica; o quadriarium, esta parte ensinava aritmética, geometria, astronomia e música.
No final do curso , os alunos já podiam se preparar
profissionalmente nas “escolas de artes liberais”, ou continuar nas
áreas d a medicina, direito ou teologia.
As universidades tinham vários privilégios como: ensinar
seus graduados, insenção de impostos , insenção do serviço militar,
além do direito de julgamento especial em foro acadêmico para seus
membros. Estas vantagens eram sempre garantidas ou pelo imperador ou
pelo Papa, que na época eram as maiores autoridades.
LITERATURA
No geral,a idade média, mostra a preocupação religiosa do
homem de retratar sua época. Na poesia procurou-se mostrar os valores e
as virtudes do cavaleiro entre elas a justiça, o amor e a cortesia.
Destacou-se a poesia épica , ou seja, que fala das ações corajosas dos cavaleiros; e a poesia lírica que fala do amor cortês, dos sentimentos dos cavaleiros em relação as suas amadas damas.
Um destaque da literatura desse período foi: Dante Alighieri, autor de A Divina Comédia.
ARQUITETURA
Os estilos dominantes da arquitetura medieval foram: o gótico e o românico.
» gótico: surguiu entre os séculos XII
e XVI. Predominou principalmente na França, Inglaterra e Alemanha.
Difere do estilo românico por sua leveza e traços verticais. São nas
construções góticas que aparecem as janelas ornamentadas com vitrias
coloridos, onde se permitia uma boa iluminação interior. As paredes
ficaram mais finas e as altas abóbodas eram apoiadas em longos pilares.
As obras de maior destaque neste estilo são as catedrias, como a de
Paris.
» Românico: desenvolveu-se entre os
séculos XI e XIII. Suas caracteristicas principais são os traços
simples e austeros, como grossos pilares, tetos e arcos em abóboda,
janelas estreitas e muros reforçados. Um exemplo deste estilo é a
igreja de São Miguel , em Lucca.
PINTURA
É obvio, que a pintura medieval foi dominada por temas
religiosos. Onde a atenção do pintor não era tanto nas paisagens, mais
sim, na representação de Santos e divindades.
Também aparece nesta época, a pintura de murais, vitrias e
miniaturas. Os mais detacados pintores foram: Giotto e Cimabue.
MÚSICA
Há uma pequena divisão: música Sacra e a música popular, nesta aparece os trovadores e menestreis.
Na música Sacra o destaque ficou com o Papa Gregório Magno, que introduziu o Canto Gregoriano, que é caracterizado por uma melodia simples e suave, cantada por várias vozes em um único som.
Já música popular , o destaque fica com trovadores e menestreis.
Trovador: eram os compositores e poetas que criavam obras de carater popular.
Menestrel: era o cantor do trovador. Visto que sempre o acompanhava.
Eles tinham suas obras inspiradas em temas românticos ou
feitos heróicos dos cavaleiros. Surgiram na França, por volta do século
XI, de lá se espalharam para outras partes da Europa.
FILOSOFIA E CIÊNCIA
Se for analisar bem, a idade média pode ser até paradoxa, pois
de um lado com a influência religiosa muitos trabalhos científicos ,
que fossem diferentes do que a igreja ensinava, já podia ser
considerado com uma heresia e assim ser proibido. Mas por outro lado a
ciência e a filosofia estavam entrelaçadas. A influência àrabe e grega
foram muito forte para o progresso da matemática, astronomia, biologia e
medicina.
Também houve o aperfeiçoamento na navegação, com a
utilização da bússola, dos mapas de navegação, do astrolábio além de
outros instrumentos.
Um dos grandes nomes da ciência medieval foi o monge
franciscano Roger Bacon (1214-1294), que introduziu a observação da
natureza e o uso de experimentação com métodos científicos. Ele ficou
conhecido como doutor Admirável, Bacon conseguiu desenvolver estudos em diversas áreas como : geografia, filosofia e física.
Na filosofia, destacaram-se santo Agostinho e
Tomás de Aquino. A principal preocupação deles era tentar harmonizar
a fé cristã com a razão. Santo Agostinho era de uma corrente
filosófica denominada patrística. Já São Tomás de Aquino, conseguiu reconstruir , dentro da visão cristã, boa parte das teorias de Aristóteles.
Santo Agostinho fez a síntese da filosofia clássica com a
platônica junto com a fé cristã. Segundo a teologia agostiniana, a
natureza humana é por essência corrompida.
A remissão estava na fé em Deus , a salvação eterna. As principais obras dele foram : confissões e Cidade de Deus.
Essa visão pessimista em relação a natureza humana foi
substituída na Baixa Idade média por uma concepção mais otimista e
empreendedora do homem, com a filosofia escolastica, que procurou
harmonizar razão e fé , partindo do fato que o progresso do ser humano
dependia não só da vontade divina,mas do esforço do próprio homem.
Essa atitude refletia uma tendência a valorização dos atributos
racionais do homem, não devendo existir conflito entre fé e razão, pois
ambas auxiliavam o homem na busca do conhecimento.
Se por um lado a escolástica valorizou a razão e
substituiu a idéia agostiniana de predestinação pela concepção de livre
arbítreo, isto é, de capacidade de escolha. O clero tinha o papel de
orientar moralmente e espiritualmente a sociedade , condicionando a
liberdade de escolha com as vontades da igreja. Desse modo ao mesmo
tempo que buscava assimilar as transformações sociais, tentava preservar
os valores do mundo feudal decadente, assegurando a supremacia de sua
mais poderosa instituição – a igreja.
São Tomás de aquino( 1225- 1274), deu aulas na
universidade de Paris, foi o mais influente filósofo escolástico
inspirado na tecnologia cristã e no pensamento de Aristóteles,elaborou a
Suma teológica, obra em que discorreu sobre os mais diversos
assuntos, como religião, economia e política. O pensamento de São
Tomás constituiu um poderoso instrumento de ação do clero durante a
Baixa Idade Média.
Este blog tem por finalidade, proporcionar o aprendizado referente a matéria de história Idade Média. Espero que você goste de nossas publicações referentes à esse assunto.
terça-feira, 6 de novembro de 2012
Um pouco sobre a cultura da Idade Média!
quinta-feira, 1 de novembro de 2012
Família na Idade Média
A Família na Idade Média
Texto de Luiza Zelesco Barreto - Historiadora
A família ocidental, na forma como nós a conhecemos, é, por assim dizer, uma “invenção” medieval. É claro que a família sempre existiu, mas ela aparece de formas muito diferentes de acordo com cada sociedade. Na antiga sociedade romana, uma sociedade marcada pelo individualismo, o homem é que contava; ele era o chefe da família, o proprietário de sua mulher e filhos, como se estes fossem um bem que lhe pertencia pessoalmente, e sobre os quais ele tinha poderes mais ou menos ilimitados. Sua mulher e seus filhos lhe eram inteiramente submissos e guardavam um estado de eterna menoridade. Enquanto estivesse vivo, até mesmo seus netos e bisnetos lhe deviam obediência direta, mais que a seus próprios pais.
A originalidade da Idade Média, neste contexto, é justamente a sua organização baseada na família, e em um novo modelo de família, fundado no modelo de casamento cristão. Ao compreender-se o matrimônio como um contrato a ser estabelecido entre o casal, dá-se voz também à mulher. A família se funda assim na união do homem e da mulher e nos filhos que naturalmente virão dessa união. É uma visão que toma por modelo inclusive a Sagrada Família, cuja devoção aumenta continuamente ao longo da Idade Média. Claro que os casamentos arranjados continuam a acontecer, mas valem quase sempre tanto para o homem quanto para a mulher, ou seja, os pais decidem o casamento dos filhos, em oposição ao modelo antigo, no qual o homem tomava para si uma mulher. A união não se estabelece mais, como na antiguidade romana, por uma concepção estatista da autoridade de seu chefe, mas por este novo fato de ordem tanto biológica quanto moral: todos os indivíduos que compõem uma mesma família são unidos pela carne e pelo sangue, seus interesses são solidários, e nada é mais respeitável que a afeição natural que os anima, uns pelos outros.
Todo relacionamento desta época é estabelecido sobre o modo familiar: os dos senhores com seus vassalos, os dos mestres com seus aprendizes, todos se fundamentam no estabelecimento de um contrato entre iguais. Senhores e mestres estão em posição superior apenas circunstancialmente; em essência, são todos iguais entre si. Isto se reforça ainda mais pelo fato de o vassalo de um determinado senhor poder ter seus próprios vassalos sendo, por sua vez, senhor dos mesmos. Todos, entretanto, fazem parte de uma mesma família, tanto em um sentido mais concreto – os aprendizes moram com os mestres e participam de sua vida familiar; vassalos com freqüência comem à mesa de seus senhores – quanto em um sentido mais abstrato, porém igualmente presente: são todos irmãos em Cristo, integrantes da grande família que é a Cristandade.
A família ocidental, na forma como nós a conhecemos, é, por assim dizer, uma “invenção” medieval. É claro que a família sempre existiu, mas ela aparece de formas muito diferentes de acordo com cada sociedade. Na antiga sociedade romana, uma sociedade marcada pelo individualismo, o homem é que contava; ele era o chefe da família, o proprietário de sua mulher e filhos, como se estes fossem um bem que lhe pertencia pessoalmente, e sobre os quais ele tinha poderes mais ou menos ilimitados. Sua mulher e seus filhos lhe eram inteiramente submissos e guardavam um estado de eterna menoridade. Enquanto estivesse vivo, até mesmo seus netos e bisnetos lhe deviam obediência direta, mais que a seus próprios pais.
A originalidade da Idade Média, neste contexto, é justamente a sua organização baseada na família, e em um novo modelo de família, fundado no modelo de casamento cristão. Ao compreender-se o matrimônio como um contrato a ser estabelecido entre o casal, dá-se voz também à mulher. A família se funda assim na união do homem e da mulher e nos filhos que naturalmente virão dessa união. É uma visão que toma por modelo inclusive a Sagrada Família, cuja devoção aumenta continuamente ao longo da Idade Média. Claro que os casamentos arranjados continuam a acontecer, mas valem quase sempre tanto para o homem quanto para a mulher, ou seja, os pais decidem o casamento dos filhos, em oposição ao modelo antigo, no qual o homem tomava para si uma mulher. A união não se estabelece mais, como na antiguidade romana, por uma concepção estatista da autoridade de seu chefe, mas por este novo fato de ordem tanto biológica quanto moral: todos os indivíduos que compõem uma mesma família são unidos pela carne e pelo sangue, seus interesses são solidários, e nada é mais respeitável que a afeição natural que os anima, uns pelos outros.
Todo relacionamento desta época é estabelecido sobre o modo familiar: os dos senhores com seus vassalos, os dos mestres com seus aprendizes, todos se fundamentam no estabelecimento de um contrato entre iguais. Senhores e mestres estão em posição superior apenas circunstancialmente; em essência, são todos iguais entre si. Isto se reforça ainda mais pelo fato de o vassalo de um determinado senhor poder ter seus próprios vassalos sendo, por sua vez, senhor dos mesmos. Todos, entretanto, fazem parte de uma mesma família, tanto em um sentido mais concreto – os aprendizes moram com os mestres e participam de sua vida familiar; vassalos com freqüência comem à mesa de seus senhores – quanto em um sentido mais abstrato, porém igualmente presente: são todos irmãos em Cristo, integrantes da grande família que é a Cristandade.
*Texto retirado do link http://www.negociosdefamilia.com.br/2010/02/familia-na-idade-media.html
Luana Q.-3668
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